Veja como realizar um trabalho de vetorização
[ manualmente e de forma automática ]

Quando a vetorização era só um desejo
No final da década de 80, muitos
profissionais trabalhavam com PaintBrush para retocar logotipos. Era o início da
migração do Past up e da Fotocomposição para a Editoração Eletrônica.
Utilizavam como originais, imagens em papel fotográfico, cromo ou já impressas e essas eram digitalizadas em um scanner. Quem se lembra daqueles scanners que mais pareciam um “rodinho”?
Pois bem, as imagens eram abertas em
softwares simples e então eram feitos todos os tratamentos possíveis para
melhorar contornos e eliminar serrilhas.
Com a chegada do Illustrator, Corel
e FreeHand, a vida melhorou!
Atualmente o incomum é trabalhar com logotipos
e/ou logomarcas rasterizadas, pois temos tantas ferramentas vetoriais que seria
até ilógico. Basta dar uma olhada nas bibliotecas de logomarcas espalhadas pela
internet, onde é possível até baixar arquivos compatíveis com Illustrator ou
CorelDraw.

Quando
vetorizar?
Geralmente vetorizamos imagens bitmap quando desejamos
utilizar essas imagens em diversos tamanhos sem perda de qualidade ou foco, uma
vez que as operações de interpolação quase sempre geram perdas
perceptíveis.
Algumas formas de vetorizar imagens
Podemos iniciar com uma
imagem bitmap em um layer e traçar manualmente por cima dela. É um trabalho
demorado, pois não pensamos apenas nos contorno e sim nos volumes, pois muitas
vezes somos obrigados a mantê-los.

Veja o exemplo:

Essa
imagem foi aplicada em uma camada que serviu de base para o traçado manual, e em
um outro layer foram feitos todos os traços.
O resultado pode ser bem interessante, porém trata-se de um trabalho que demanda atenção e o profissional, deve ter o cuidado de verificar cada canto ou curva do seu trabalho para retirar todas as possíveis falhas.
Esse procedimento pode ser
empregado em qualquer software de ilustração vetorial. Veja o resultado após a vetorização manual e veja também toda a estrutura de vetores existentes na
imagem.

Veja os detalhes ampliados das estruturas dos vetores.

Vetorização automática

Em outras situações, onde é permitido poucas variações de resultados ou
efeitos, podemos utilizar as ferramentas de vetorização automática do software
utilizado.
Tomando como exemplo o Illustrator, podemos utilizar as opções de
um recurso muito útil chamado de Live Trace.
Basta importar a imagem para a
página do Illustrator, manter a ferramenta de seleção ativa e com a imagem
selecionada, clicar no botão Live Trace da paleta de opções. Fazendo isso, já
podemos perceber uma transformação do bitmap em vetores, porém, não temos todas
as opções disponíveis ao mesmo tempo.

Essa
imagem terá um resultado muito próximo do real, se assim desejarmos através do
uso do Live Trace. Repare que, ao lado do botão Live Trace, existe um pequeno
triângulo que aponta para baixo. Trata-se de uma lista que reúne todas as opções
do Live Trace, porém o mais interessante é utilizar a última opção chamada
Tracing Options, que ativa uma caixa de diálogo com várias opções de
vetorização.

Opções individuais de vetorização e a opção Tracing Options.
Caixa
Tracing Options
A caixa Tracing Options permite que a vetorização seja
efetuada em tempo real, pois é possível escolher e editar várias possibilidades,
ao mesmo tempo em que se pode verificar o resultado através da opção
Preview.
Porém, quanto maior o nível de luminosidade e cores que se deseja
representar, mais objetos serão gerados no processo. Por isso, é importante ter em mente, qual o nível de fidelidade da imagem bitmap que desejamos representar no resultado vetorial, pois apenas para lembrar, essa não é uma vetorização manual onde podemos traçar apenas o que desejamos. Na vetorização automática, é a ferramenta que cria os objetos e podemos ter muito mais objetos do que imaginávamos.

No
campo Adjustments, temos na opção Mode as escolhas entre tons de cinza, preto e
branco e cores.
Repare que no lado direito da paleta, existe a opção Preview
que geralmente está ativa. É por isso que podemos acompanhar o resultado da
vetorização, enquanto manipulamos todas as opções.
Para finalizar a operação
basta clicar no botão Trace.
Repare no resultado a seguir:

Nesse exemplo, o Illustrator trata a imagem já vetorizada, como um único
objeto.
Se desejarmos, podemos separar todos os objetos criados pelo Trace
Options, para tratá-los de forma independente. Para efetuar essa separação,
selecionamos a imagem e em seguida, clicamos no botão Expand da paleta de
opções.

O resultado é uma versão da imagem original, composta por objetos
vetoriais.
Agora podemos ampliar ou reduzir a imagem, sem nos preocuparmos
com serrilhas, perda de foco ou de detalhes.